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sábado, 28 de fevereiro de 2009

Uma câmera na mão e um saco na cabeça

A célebre frase de Glauber Rocha - "Uma câmera na mão e uma idéia na cabeça" - cai como uma luva ao longa-metragem americano BAGHEAD.
Sendo um dos pioneiros do chamado Cinema Novo nacional, Glauber tentava livrar a arte de fazer filmes do academicismo e das demasiadas técnicas vindas do exterior, principalmente dos EUA.
E é do mesmo país que chega uma obra de características quase amadoras, mas que prende a audiência em seus 84 minutos intrinsecados de suspense, resquícios de bom humor e um grande tom de real life.
Os cineastas veteranos de participacões no Sundance Festival, Mark e Jay Duplass (The Duplass Brothers) obtêm um ótimo resultado com os quatro ilustres desconhecidos - mas de surpreendentes atuações - Ross Partridge, Steve Zissis, Greta Gerwig e Elise Muller. Os protagonistas passam ao público diálogos e situações com os dois pés na realidade, tamanha a naturalidade de suas performances e a boa dinâmica que conseguem entre si. Atributos que todos os filmes deveriam ter.
A fotografia propositalmente mal enquadrada e seus zooms repentinos trazem ao espectador a sensação de estar mais próximo ao que se desembrulha na tela. Comparações com BLAIR WITCH PROJECT são inevitáveis.

O enredo trata de quatro amigos atores que, após participarem de um festival de cinema, seguem para uma cabana na montanha com o objetivo de escrever um filme.
Nada de efeitos especiais, edições mirabolantes, gruas gigantescas ou cenários de milhares de dólares.
Apenas a interposição de risadas e gritos, uma câmera na mão e um saco na cabeça.
Glauber aprovaria.

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