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sábado, 28 de fevereiro de 2009

Uma câmera na mão e um saco na cabeça

A célebre frase de Glauber Rocha - "Uma câmera na mão e uma idéia na cabeça" - cai como uma luva ao longa-metragem americano BAGHEAD.
Sendo um dos pioneiros do chamado Cinema Novo nacional, Glauber tentava livrar a arte de fazer filmes do academicismo e das demasiadas técnicas vindas do exterior, principalmente dos EUA.
E é do mesmo país que chega uma obra de características quase amadoras, mas que prende a audiência em seus 84 minutos intrinsecados de suspense, resquícios de bom humor e um grande tom de real life.
Os cineastas veteranos de participacões no Sundance Festival, Mark e Jay Duplass (The Duplass Brothers) obtêm um ótimo resultado com os quatro ilustres desconhecidos - mas de surpreendentes atuações - Ross Partridge, Steve Zissis, Greta Gerwig e Elise Muller. Os protagonistas passam ao público diálogos e situações com os dois pés na realidade, tamanha a naturalidade de suas performances e a boa dinâmica que conseguem entre si. Atributos que todos os filmes deveriam ter.
A fotografia propositalmente mal enquadrada e seus zooms repentinos trazem ao espectador a sensação de estar mais próximo ao que se desembrulha na tela. Comparações com BLAIR WITCH PROJECT são inevitáveis.

O enredo trata de quatro amigos atores que, após participarem de um festival de cinema, seguem para uma cabana na montanha com o objetivo de escrever um filme.
Nada de efeitos especiais, edições mirabolantes, gruas gigantescas ou cenários de milhares de dólares.
Apenas a interposição de risadas e gritos, uma câmera na mão e um saco na cabeça.
Glauber aprovaria.

Em outro vôo?

Anteontem, a colunista Korbi Ghosh, do site Zap2It, afirmou que fontes sólidas reportaram a ela (com exclusividade) que Evangeline Lilly (a Kate de LOST) estaria fazendo audições para pilotos de novas séries - o que resultaria na abreviação de sua personagem no universo da ilha mais complexa e vigiada do planeta.
O E! Online checou o boato com a assessoria de Lilly, que foi enfática no esclarecimento: "A reportagem é absolutamente falsa. Ela não está fazendo audições para pilotos. Ela não está disponível para pilotos. Ela não está deixando LOST".
Sorte dos fãs da série. E de Jack e Sawyer.

Abaixo, o trailer do sétimo episódio da quinta temporada.
"The Life and Death of Jeremy Bentham"

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Background produzido para o projeto CROMA. Esboço a mão, vetor no Corel e finalização no Photoshop. Clique para ampliar.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Já está em pré-venda no Submarino o livro MARILYN E JFK, um romance-reportagem sobre um dos relacionamentos amorosos mais conspirativos da história. A obra, escrita pelo crítico de cinema François Forestier e lançada pela Objetiva no Brasil, tem o intuito de ser "o primeiro relato completo da história de amor entre o maior símbolo sexual de Hollywood e o presidente americano", segundo o próprio material oficial divulga.

Na sequência, o primeiro parágrafo.


"PRELÚDIO
Dallas, 22 de novembro de 1963

A bala penetra no crânio de John Fitzgerald Kennedy, abrindo uma cratera de 13 centímetros de diâmetro. O projetil Winchester Mannlicher-Carcano, calibre 6,5, dilacera a região parietal do cérebro, esmigalha a área somatomotora e explode, fraturando o osso e o frontal direito. Minúsculas lascas de metal se espalham. O lobo esquerdo pura e simplesmente desaparece. Pedaços do tecido e dos ossos se perdem, sob a pressão colossal provocada pela bala. Linhas de fratura como raios dardejando de um núcleo racham a caixa craniana. O sangue brota como um gêiser, atingindo todos que se encontram na limusine presidencial. O corpo de JFK, amolecido, é lançado contra o encosto do banco traseiro e desaba sobre o ombro de Jackie Kennedy. Ela está sentada à sua esquerda, a 15 centímetros, e grita:
— Ah! não! Não, não, não! Atiraram em meu marido!"

Jacintos e copos-de-leite

Primeira parte do capítulo 1 do meu novo projeto - O LADRÃO DE ROSAS.

A falta de pão e leite frescos era uma das características mais marcantes do desjejum no Abrigo Girassol. Manhã após manhã, aurora após aurora, os abandonados e órfãos tinham de se contentar com pedaços de pão duro e leite azedo, doados por vendinhas ou pelos próprios civis de Magnólia de coração mais frouxo ou de moedas extras.
A manhã de domingo iniciou-se com os mesmos ingredientes.
“Pão duro novamente!”, reclamou Petúnia ao canto da boca, torcendo o nariz.
“Fales baixo! A diretora pode ouvir e nos dar outra delongada bronca!”.
“Que ouça! Aí nem estou!”.
“Dê-se por contente! Há os que nem pão duro têm para comer, sua mal-agradecida!”.
“Ah, encha essa tua boca de pão duro e poupe-me de teus verbos e xingamentos, Cravina!”
Mais corriqueiras do que a solidez dos pães e o azedume do leite de todas as manhãs eram as discussões entre Petúnia e Cravina, estendendo-se ao infinito se alguém não gritasse um BASTA. Normalmente, a diretora se encarregava disso. E o fez nessa ocasião, batendo um dos talheres à borda da mesa posta.
Após o silêncio restabelecido, algo pouco corriqueiro presenteou tal manhã encoberta de nuvens cor de chumbo e de discussões sobre a qualidade e a consistência dos alimentos. Um senhor humilde, porém bondoso e conhecido, chegou perambulando com uma vaca branca, farta de lactose fresca em suas tetas rosadas e inchadas. Era o Velho Jacinto Copo-de-Leite, sumido nos últimos tempos, mas que, para a felicidade de todos os desamparados, tocou seu inconfundível sininho de bronze anunciando uma tão inesperada visita.
“Para as crianças, leite fresco!”, anunciou o velho, “Aproveitem minha caminhada por tais bandas e encham seus copos! Cada vez mais difícil está andar por esses lados. Minhas pernas me traem e minha coluna parece segurar o peso de mil cavalos. Meus ossos já não toleram tantos passos...”.
A diretora, sisuda, porém aliviada pela benevolência de alguém tão singelo, dirigiu-se a entrada e abriu a grande porta de madeira escura.
“Sejas bem-vindo, Velho Jacinto”.
Os guris e adolescentes tiraram de imediato seus gorros das cabeças e reverenciaram a presença do homem e seu farto animal pronto para saciar a sede coletiva.
“O que é isso, crianças...”, retrucou o velho, “Nada de mesuras, eu vos peço... Fazem vocês o favor de ter com que me preocupar nesse ocioso fim de jornada... Tenho de lhes agradecer por ocupar minha cabeça e desflorar minha bondade para os que necessitam. Sei que não é muito, minhas vacas são poucas, mas acho que seus copos irão se encher e fartar a impertinente sede e fome que vos aporrinha”.
"Quem dera houvesse mais pessoas de tal gentileza em Magnólia”, pensou Cravina.
“Obrigado, Velho Jacinto”, agradeceu a diretora, “Os atributos dos alimentos que nos são doados nem sempre agradam os pequenos... Tuas chegadas sem aviso são como um presente dos céus, uma surpresa para eles, um Natal fora de época... Veja como se debruçam em teu animal, os mortos de fome!”. Tomando ciência do que acabara de afirmar, a diretora se endireitou, pigarreou e, sob a risada incontida do velho bondoso, reprimiu seus pimpolhos, “Ei, vocês... Ajeitem-se, ora, façam-me o favor! Que modos vos invadem? Machucarão o animal deste jeito! Eu não lhes ensino tal desordem, tal bagunça! Anarquistas famintos estão a parecer! Ajeitem-se e tomem tento! Faltava-me só isso...”. O idoso continuava a rir. “Um de cada vez! Mais respeito com a bondade do Velho Jacinto!”.
Entre os baderneiros, agora perfilados como um exército e esperando cada um por sua vez, estava o Ladrão de Rosas – que desse título ainda não podia se gabar.
A consistência do pão nem importava mais para a faminta trupe, que se intercalava abaixo das quatro patas da vaca e lambuzava-se com o cândido líquido repetidas vezes apertando as tetas gordas e levando os copos de vidro rapidamente às bocas ávidas para esvaziá-los goela abaixo e tornar a enchê-los de alvo frescor.
“O senhor podia nos visitar mais vezes!”, exclamou Petúnia.
“Você não o ouviu dizer que está difícil de caminhar até aqui ultimamente?!”, implicou Cravina.
A diretora tomou as rédeas e brecou os coices e patadas antes que as primeiras linhas virassem outra guerra verbal.
“Ora, ora, meninas... Vamos parar com isso! Não lhes basta o vigor da surpresa? Ou preferem retornar ao azedume da jarra acima da mesa do café?”. As duas engoliram as letras e voltaram suas bocas às bordas dos copos. Intoleráveis entre si eram Petúnia e Cravina. Qualquer palavrinha, afirmação, negação, ação ou idéia fora dos conformes da outra era motivo para empunharem seus escudos e atirarem pedras reciprocamente. Gastos já se mostravam os gorros de pano de tantas pancadas e investidas que ambas trocaram em embates de outrora.
Bastou um leve inspirar de uma delas e o iminente reinício da discussão para o órfão mais velho do abrigo, o petulante Cactus, dar voz à sua impaciência, colocar o copo com força em cima da mesa e objetar ao que ainda nem havia sido dito – “Ah, basta-me de suas estúpidas desavenças, pueris gurias!”, e voltou-se para outros dois garotos, também mais crescidos, ao lado do Velho Jacinto, “Já secaram seus copos? Pois então venham... Enveredemos até a Rua Principal... Sair um pouco deste antro de picuinhas infantis e ar pesado meu corpo e mente suplicam...”, olhou para Cravina e Petúnia e deu uma risadinha sarcástica, recebendo da primeira uma careta e sua respectiva língua como resposta.
“Agradecer ao Velho Jacinto para quê, não é mesmo, garotos?”, interpelou a diretora antes que os três alargassem os passos.
“Ah, como não... Agradecido! Muito agradecido, por sinal, Velho Copo-de-Leite”, e Cactus deu tapinhas nas costas do bondoso homem e no lombo branco de sua companheira leiteira. Os outros dois repetiram o rito como sombras.
“Não se atrasem para o almoço”, advertiu a diretora, “As batatas estarão cozidas antes do meio-dia. Cheguem lá pelo badalar do sino da Catedral”.
“Batatas novamente!”, murmurou Tango, um deles.
“Não agüento mais batatas!”, resmungou Goivo, o outro.
“Calem-se antes que a diretora interrompa nossos passos, idiotas!”, retrucou Cactus.
“De tais lamúrias meu ouvido não se salvou, moleques!”, cortou-lhes mulher empinando o nariz batatudo, “Se preferirem chacoalhar as árvores da cidade e recolher suas nozes, à vontade! Que abram guerra contra os esquilos e fiquem à mercê de suas mordidas”.
Cactus, Goivo e Tango entreolharam-se e bufaram por dentro. Preferiam as batatas, é claro. “Posso vos acompanhar?”. Os três pararam, viraram-se e encararam um franzino garoto, de onde tal pergunta havia se originado. “Tu ainda és um pivete! Um mero pivete! Fique a brincar com a vaca do Velho Copo-de-Leite e as demais crianças. Precisas beber muito leite fresco para nos alcançar”, e mostrou os músculos do bíceps magro o pobre de espírito e impertinente Cactus. Mas no time do garoto mais novo jogou a diretora. “Levem-no com vocês! Que problema há no menino querer bater as pernas por algumas horas? Afinal, preciso ter com essas duas criaturas infernais! Já me basta tanta contenda!”, e voltou-se à Cravina e Petúnia, que reviraram os olhos feito moscas perdidas. Era a primeira vez que a diretora permitia a saída do garoto mais novo com os três de mais idade. Não por falta de tentativa do menor.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Pintando sonhos

Criação de personagens para o livro infantil NICOLAU, O MENINO QUE PINTAVA SONHOS (Adeilson Salles) da Editora Boa Nova. Em breve postarei algumas páginas.
Clique nas imagens para ampliar.


terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Livre dos livros

Depois de anunciar há duas semanas o lançamento do Kindle 2, a Amazon disponibilizou hoje o aparelho para compra em seu site. Por US$359, você pode adquirir a versão aprimorada do leitor de e-books, que ganhou mais espaço (2Gb) e um design muito mais refinado. O novo dispositivo tem capacidade para arquivar até 1.500 livros, permitindo a você carregar uma "biblioteca" para onde for. Outra melhoria em relação ao primeiro modelo é a durabilidade da bateria e a velocidade ao virar as páginas. Com tecnologia 3G, o Kindle 2 possibilita downloads de obras completas - em menos de 60 segundos - a qualquer momento, em qualquer lugar e sem necessidade de um desktop conectado a ele. Os best sellers do New York Times e novos lançamentos estão disponíveis por US$9.99. Jornais, revistas e blogs do mundo todo também podem ser acessados.
Outro ineditismo do aparelho é a função READ-TO-ME, que, através do software TEXT-TO-SPEECH, permite ao usuário OUVIR as obras ao invés de ler. Opção para fones de ouvido.
Com seu display vertical de 6" e design totalmente slim (25% mais fino que o iPhone), o Amazon Kindle 2 é uma grande alternativa aos que se privam do prazer de ler após se assustar com o tamanho das lombadas.
Não há previsão de lançamento no Brasil e os mais de 240 mil livros já disponíveis são todos em inglês.Aos românticos, clássicos e fetichistas por livros, seus marcadores, texturas e cheiros, o aparelho pode significar uma afronta, privando o leitor do simples prazer de virar a página. Mas, querendo ou não, eleva a arte da leitura a um novo nível.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

The Curious Case of Boyle's Bollywood

Benjamin Button não foi o curioso caso da maior premiação da sétima arte. A curiosidade da noite de ontem remeteu-se ao fato da Academia ter se curvado à indústria do cinema indiano - Bollywood.
Em tempos cada vez mais globalizados, o personagem anti-horário de Brad Pitt foi ofuscado por uma figura competente, carismática e, acima de tudo, realizadora, chamada Danny Boyle. O diretor inglês, que já tinha no seu curriculum filmes como A PRAIA, TRAINSPOTTING e POR UMA VIDA MENOS ORDINÁRIA, escreveu definitivamente seu nome na história do cinema ao ser consagrado com 8 estatuetas pelo filme que já se tornou sua obra-prima - SLUMDOG MILLIONAIRE (Quem quer ser um milionário?).
A ousada produção bollywoodiana, que já havia ganhado 4 Globos de Ouro e 7 BAFTAS, levou o prêmio nas categorias ROTEIRO ADAPTADO, FOTOGRAFIA, EDIÇÃO, MIXA
GEM DE SOM, TRILHA SONORA ORIGINAL, CANÇÃO ORIGINAL, DIREÇÃO e FILME, deixando para trás nomes como David Fincher, Ron Howard, Gus Van Sant e Stephen Daldry.
Sem estrelas de cachês estratosféricos, poder e verba suficiente, Boyle foi criticado e perseguido por seu trabalho junto às crianças das 'superpopulosas' favelas indianas durante as filmagens. Mas ontem, o Kodak Theatre foi palco de sua redenção - adornada por toda a equipe do audaz projeto rodado em Mumbai e pelas próprias crianças envolvidas, sorridentes e fascinadas com as luzes do showbiz aos seus genuínos olhares.
Mesmo com um "grande quê" de CIDADE DE DEUS (vide cena do encalço dentro da favela que remete à galinha de Fernando Meirelles),
o filme enfeitiça por sua montagem acelerada e energizante e o exotismo estético.
Noventa e seis anos após o precursor e mudo RAJA HARISHCHANDRA (1913), Bollywood conseguiu seu lugar ao Sol na meca da cinematografia. Nada de Zac e Vanessa ou Brad e Angelina. Os protagonistas do Oscar 2009 foram Jamal e Latika.
Frost não teve como interrogar, Milk perdeu a voz e Benjamin ficou a conversar com seus botões quando o Leitor do grande prêmio da noite, Steven Spielberg, anunciou: "And the Oscar goes to... SLUMDOG MILLIONAIRE".

Holly consagra Bolly e Boyle.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Anne had tha way

Não fosse pelo nível de suas adversárias, Anne Hathaway estaria despontando como uma das favoritas ao Oscar de Melhor Atriz.
A nova-iorquina, que iniciou sua carreira ciceronada por Julie Andrews no água-com-açúcar e previsível filme da Disney O DIÁRIO DA PRINCESA, cresceu como atriz e galgou o caminho correto para isso. Já não bastasse estrear na tela grande sendo dirigida por Garry Marshall (PRETTY WOMAN), trabalhou com Ang Lee no premiado O SEGREDO DE BROKEBACK MOUNTAIN, dividiu os holofotes com Meryl Streep no sucesso de público e crítica O DIABO VESTE PRADA, encarnou a juventude da escritora Jane Austen em AMOR E INOCÊNCIA e, agora, solidifica seu amadurecimento frente às câmeras com o sublime O CASAMENTO DE RACHEL (Rachel Getting Married).
O filme roteirizado impecavelmente por Jenny Lumet (filha do diretor Sidney Lumet), tem a espontaneidade e o improviso como marcas registradas. O supporting cast escolhido pelo diretor Jonathan Demme (O SILÊNCIO DOS INOCENTES) personificou com maestria a idéia de dar cara de vida real à produção - tarefa muito bem executada pelo diretor de fotografia Deckan Quinn, que abusou do trêmulo "efeito" handycam. A sensação que se tem é que você está dentro da estória, como se fosse um dos convidados do fim de semana que antecede o casamento, dividindo as situações e diálogos um tanto realistas.
A atriz principal está madura no papel de Kym (irmã de Rachel) - uma rehaber bonita, inteligente, porém ainda problemática. Sua presença na festa traz à tona um histórico de conflitos familiares e pessoais, que intensificam a cada situação vivida pela personagem muito bem construída por Anne. Destaque para a cena em que revela uma ponderosa faceta do seu passado, oculta somente ao público até então.
Sua indicação ao Oscar é indiscutivelmente merecida.
As cenas, sem repetições e ensaios, fogem de qualquer tipo de clichê e dão a O CASAMENTO DE RACHEL peculiaridades positivas e intensas, colocando Anne Hathaway numa lista em que figuram Angelina Jolie, Kate Winslet e Meryl Streep.

Química eficaz entre os intérpretes escolhidos por Demme.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

DÚVIDA ao LEITOR

A chance de Kate Winslet surpreender-se com o anúncio do Oscar de Melhor Atriz amanhã - como aconteceu em 1998 - é mínima.
Mesmo com concorrentes de peso, como a 15 vezes indicada e 2 vezes vencedora Meryl Streep e uma performance de Angelina Jolie de tirar o seu chapéu arredondado em A TROCA, Kate Winslet mantém-se favorita a subir no palco do Kodak Theatre.
Depois de acumular 2 Globos de Ouro, 1 SAG e 1 BAFTA este ano, a atriz britânica tem mais chances de coroar definitivamente sua carreira a receber o triste título de "perdedora" por ter sido indicada 6 vezes e nunca ter vencido.
Sua atuação em
O LEITOR (The Reader) é concisa e intensa, mostrando o alto grau de maturidade que alcançou desde TITANIC. A direção segura de Stephen Daldry (AS HORAS e BILLY ELLIOT) e as ótimas atuações do novato David Kross e do vetereno Ralph Fiennes abrem um caminho mais firme para Kate à escadaria do tablado principal.
Mas uma
DÚVIDA pode surgir ao LEITOR deste blog: a versátil Meryl Streep roubaria a cena e adicionaria o terceiro Oscar à sua estante, pasmando a inglesa como há 11 anos?
Ou quem sabe há uma TROCA geral nas idéias dos membros da Academia e Angelina Jolie leva o prêmio?
Basta Kate Winslet rezar para que nenhum
iceberg cruze o seu caminho.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Dona Fran e seus dois maridos

Para fã de Big Brother.
Nessa madrugada última, Flávio, Francine e Max protagonizaram um déjà vu da famosa cena do filme dirigido por Bruno Barreto em 1976, adaptado da obra de Jorge Amado.
O alcance da semelhança é uma tarefa nada dificultosa para os mais antenados ao cinema nacional que acompanham essa edição do reality show. Todos os elementos estavam lá - Flávio na pele de Vadinho, Francine na de Florípides, Max na do Dr. Teodoro Madureira e a cama de casal.
Como diria Chico na música composta para o filme, o que será que os três participantes do BBB andam suspirando pelas alcovas? Que andam sussurrando em versos e trovas? Que andam combinando no breu das tocas?
O ruivo terá coragem de externar o que realmente sente - lá no fundo - por Fran? Ou permanecerá apenas no papel de fantasma perturbador como José Wilker?

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Ilustração feita há três anos. Esboço a mão, cleanup vetorizado no CorelDRAW e cores e sombras no Photoshop.
Clique nas imagens para ampliar.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Preciosos fãs-cineastas

Os apreciadores de O SENHOR DOS ANÉIS devem reverência a Chris Bouchard.
No início de 2007, o diretor/roteirista independente uniu-se a um grupo de fervorosos cineastas admiradores da obra de Tolkien e adaptou um roteiro próprio diretamente dos apêndices de O SENHOR DOS ANÉIS. Segundo o site oficial do fan film, as filmagens foram iniciadas em setembro do mesmo ano em North Wales e contou com um grande número de colaboradores - profissionais e estudantes.
Sem fins lucrativos, THE HUNT FOR GOLLUM mostrará a busca de Aragorn pelo corrompido Grado a pedido de Gandalf.
Nos quase 3 minutos do trailer pode-se perceber que todos os cuidados foram tomados em relação aos atributos da produção. As direções de arte, fotografia, figurino e trilha sonora mostram-se de alta qualidade e seguem os conceitos estabelecidos por Peter Jackson e pela New Line Cinema.
O filme estará disponível para download gratuito no dia 3 de maio no site oficial.
Confira o trailer abaixo.
Ilustração feita ontem. Esboço a mão com lápis Pompeian Red da linha Albrecht Dürer (Faber-Castell), cleanup vetorizado no Corel X3 e cores no Photoshop CS2.
Clique nas imagens para ampliar.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Um salto para a redenção

Há décadas de distância da imagem de galanteador que o consagrou como o yuppie John em 9 1/2 SEMANAS DE AMOR, Mickey Rourke definitivamente reencontrou o significado da palavra êxito.
Após percorrer inúmeros caminhos equivocados, trocando os sets de filmagem pelos ringues (até preso foi por "má conduta" no casamento), o ator nova-iorquino parece ter acertado ao se envolver com o premiado THE WRESTLER (O Lutador), do também nova-iorquino Darren Aronofsky, adaptado do livro de Robert Siegel.
Seja pelo enredo um tanto autobiográfico para o ator principal ou pela sensatez do diretor em deixar de lado o hip hop montage (marca registrada de seus filmes, como no notável RÉQUIEM PARA UM SONHO) e optar por uma edição mais lenta e real, Mickey Rourke dá um show de interpretação na pele de Randy "The Ram" Robinson - um lutador aposentado que tenta o retorno aos tablados, anos depois do seu apogeu.
Envelhecido e com o coração danificado (tanto biológica quanto afetivamente), Rourke encarna de corpo e alma e com alta sensibilidade não só as lutas entre as quatro cordas, mas também as do dia-a-dia. As da vida. Ao mesmo tempo em que tenta abrandar o fardo de pai ausente com Evan Rachel Wood, ensaia um incerto romance com uma stripper vivida por Marisa Tomei ("atrevidamente diferente" no papel de Cassidy).
O alto grau de realismo e intensidade que empresta a cada cena (destaque para as do açougue do supermercado e para a bizarra luta contra Necrobutcher), trouxe a Rourke um merecido resgate como ator. O Bafta (Oscar britânico) e o Globo de Ouro são provas disso.
Ao som de Bruce Springsteen, Guns N' Roses e Scorpions, Ram coroa THE WRESTLER e deixa uma dúvida para o próximo domingo. A Academia azedará o leite de Sean Penn?
Oscarizada ou não, a performance de Rourke eterniza a obra de Aronofsky e laureia o ator/lutador com uma louvável redenção.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Troy Halley, Ian Halley e Guarda Palaciano

Ilustrações finalizadas.
Clique nas imagens para ampliar.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Krypto-NATE
Ano passado, o público de New Orleans presenciou o vôo de Dwight "Superman" Howard, pivô do Orlando Magic, no campeonato de enterradas do All-Star Weekend.
Ontem à noite, no US Airways Center de Phoenix, Nate Robinson - de apenas 1,75m - fez jus à tradição do showbiz norte-americano na final do Sprite Slam-Dunk Contest 2009.
Na tentativa de ofuscar uma nova decolagem de Howard, o baixinho armador do New York Knicks vestiu uma versão "kryptonizada" do uniforme azul do time da Big Apple e pediu para o "Superman" - de 2,11m - ficar parado frente à cesta.

O resultado você confere abaixo.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Três sketches (esboços) de personagens - a lápis azul - para uma nova vertente do meu projeto pessoal CROMA. Segunda-feira postarei os desenhos finalizados - vetorizados no Corel e coloridos no Photoshop.


Presente de Palpatine

Se Anakin e Padmé tivessem feito uma lista de presentes de casamento, esse seria o de Palpatine.
No StarWarsShop, por US$ 54.99.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Funny (and most beautiful) Face

Em uma pesquisa feita no Reino Unido essa semana, Audrey Hepburn foi eleita a mais bela da história do cinema.
Incontestável mérito.
As amêndoas nos olhos e o charme e corpo que inspiraram o estilista francês Hubert de Givenchy e o compositor Henry Mancini deixaram para trás nomes como Angelina Jolie, Grace Kelly, Marilyn Monroe e Sophia Loren.
Os entrevistados preferiram Holly Golightly a Lara Croft; Sabrina a loira-sem-nome-de-saia-que-sobe-ao-vento; Princesa Ann a Cleópatra; Natasha Rostov a Vivian Ward; Eliza Doolittle a Scarlett O'Hara.
Segundo Nicola Moulton, editora de saúde e beleza da revista Vogue, Audrey foi espetacular muito além das fotografias - na fala, na formosura, no canto, na graça, no movimento.
Sofisticada como poucas, a atriz belga (1929-1993) é considerada ícone fashion até hoje. Um ideal de elegância atemporal.
Fosse como moradora de rua de fala equivocada, prostituta luxuosa ou filha de choffer, cativava pela graça e charme uno de seus personagens e pelo rosto angelical. Quem não se encanta ao assisti-la tocando violão e cantando "Moon River" ao pé da janela de seu apartamento em BREAKFAST AT TIFFANY'S? Ou em seus gestos pelos corredores da casa do Professor Higgins enquanto interpreta "I Could Have Danced All Night" (mesmo com a voz da soprano Marni Nixon a substituindo) em MY FAIR LADY? Ou ainda pela pureza de seus olhos e seu jeito ingênuo empoleirado em uma árvore da mansão dos Larrabees na Long Island de SABRINA?
Audrey Hepburn protagonizou o café da manhã mais glamouroso da história, em pé, frente a uma vitrine.
Ganhou o Oscar de melhor atriz em 1954 por ROMAN HOLIDAY.
Musa por natureza, foi uma mistura de Calíope, Euterpe, Tália, Terpsícore e Melpômene. Alucinou e foi Cinderela em Paris. Foi princesa. Bela dama. Bonequinha. De luxo. E sempre será.
Além da eternidade.

Motivo de disputa entre Bogart e Holden.

FILMOGRAFIA:
- 1948 - Dutch in Seven Lessons (documentário)
- 1951 - Monte Carlo Baby
- 1951 - Laughter in Paradise
- 1951 - One Wild Oat
- 1951 - O mistério da torre (The Lavender Hill Mob)
- 1951 - Young Wives' Tale
- 1952 - The Secret People
- 1952 - We Will Go to Monte Carlo (versão francesa de Monte Carlo Baby)
- 1953 - A princesa e o plebeu
- 1954 - Sabrina
- 1956 - Guerra e paz
- 1957 - Cinderela em Paris
- 1957 - Um amor na tarde
- 1959 - A flor que não morreu
- 1959 - Uma cruz à beira do abismo
- 1960 - O passado não perdoa
- 1961 - Bonequinha de luxo
- 1961 - Infâmia
- 1963 - Charada
- 1964 - Quando Paris alucina
- 1964 - Minha bela dama
- 1966 - Como roubar um milhão de dólares
- 1967 - Um caminho para dois
- 1967 - Um clarão nas trevas
- 1976 - Robin e Marian
- 1979 - A herdeira
- 1981 - Muito sorriso e muita alegria
- 1989 - Além da eternidade

Heróis Hobbits

Quem assistiu ao mais recente capítulo de HEROES (Trust and Blood) se deparou com uma perceptível referência à clássica cena de O SENHOR DOS ANÉIS onde os quatro hobbits escondem-se de um Cavaleiro Negro. Troca-se Frodo, Pippin, Sam e Merry por Mohinder, Hiro e Parkman e o Ringwraith por um soldado das forças governamentais e chega-se à mesma composição. Aliás, HEROES deu uma bela relargada com os dois episódios do novo volume.